terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Ministra do Desenvolvimento Social Tereza Campello

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, assumiu o cargo dizendo que é possível erradicar a miséria no Brasil e promover a inclusão produtiva. Ela falou sobre os recentes avanços na área social e defendeu estratégias conjuntas para o desafio dos próximos quatros anos.

Tereza Campello foi assessora especial da Presidência da República no início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, participou da coordenação do grupo de trabalho que concebeu o Bolsa Família. Depois, subchefe de Articulação e Monitoramento da Casa Civil, esteve à frente de projetos prioritários na área de desenvolvimento, como os programas de Produção de Biodiesel, de Etanol e Territórios da Cidadania, além do Plano Nacional de Mudanças Climáticas, do programa de produção sustentável de óleo de palma e do Mutirão Arco Verde, que levou serviços públicos, regularização fundiária e fomento ao desenvolvimento sustentável na Amazônia.

Paulista de Descalvado e formada na Universidade Federal de Uberlândia, ela foi fundadora do Partido dos Trabalhadores (PT) e professora do Curso de Economia na Universidade do Vale dos Sinos (Unisinos), na cadeira de Economia do Setor Público.

Entre 1989 e 1993, foi assessora econômica da Prefeitura de Porto Alegre e coordenadora do Gabinete de Planejamento e Orçamento Participativo. Trabalhou na assessoria de Olívio Dutra (quando prefeito e governador) e com os ex-prefeitos Raul Pont e Tarso Genro.

Antes de participar da equipe de transição do primeiro governo Lula, quando assessorou Tarso Genro e ajudou a formatar o programa econômico, foi secretária substituta e coordenadora da Secretaria Geral de Governo do Rio Grande do Sul.

Em discurso na transmissão de cargo, ela falou dos próximos passos da pasta: “Esta próxima etapa buscará incluir o núcleo dos brasileiros mais pobres e o núcleo mais complexo e os mais vulneráveis, os invisíveis afastados dos serviços públicos, sem documento, sem direito, sem cidadania.” E lembrou que o esforço dos próximos quatro anos implica em continuidade, consolidação das conquistas e aprofundamento das políticas de inclusão. “Isto exigirá inovação e superação”, salientou.

A ministra disse que será necessário construir várias estratégias para atender às diversidades regionais, culturais e sociais do pais e deu grande ênfase às ações de inclusão produtiva. “Já fizemos muito, mas muito ainda há de ser feito. Vamos seguir em frente com o projeto de nação com desenvolvimento econômico, acompanhado de distribuição de renda, distribuição de cultura e distribuição de poder”.

Ela falou dos avanços do Fome Zero e do Bolsa Família, lembrando que 93% dos beneficiários do programa fazem três refeições por dia e mais de 11 milhões de brasileiros passaram a viver em segurança alimentar. Ela também reforçou a importância da gestão compartilhada entre governos federal, estaduais e municipais e lembrou das conquistas sociais nos últimos anos, citando o 4o. Relatório dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, que aponta a queda da pobreza extrema de 12% em 2003 para 4,8% em 2008.

Tereza Campello entrou no auditório lotado do Bloco K de braços dados com a ex-ministra Márcia Lopes e ambas foram aplaudidas de pé. Na despedida, Márcia afirmou que participar do MDS foi uma experiência fantástica num governo que teve a ousadia e a coragem de enfrentar a realidade do Brasil. “Chegamos a um patamar de interlocução qualificada e não é a toa que estamos assistindo à redução da desigualdade no Brasil”.

Participaram da cerimônia ministros do governo Lula (Guilherme Cassel, do Desenvolvimento Agrário,) e do governo Dilma Rousseff (Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência; Isabel Teixeira, do Meio ambiente; Luiz Sérgio, das Relações Institucionais; Afonso Florence, do Desenvolvimento Agrário; Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos; Luiza Bairros, da promoção da Igualdade Racial; Miriam Belchior, do Planejamento; Fernando Haddad, da Educação; e Alexandre Padilha, da Saúde), secretários e servidores do MDS, dirigentes de Conselhos, deputados federais e senadores, entre outras autoridades.

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